
Hoje, temos a oportunidade de conhecer mais de perto o trabalho de Felipe Rezende, artista natural de Campos do Jordão, que tem se destacado pelos seus murais e contribuições culturais. Felipe compartilhou conosco detalhes de sua jornada artística, desde as influências familiares até os projetos que têm chamado atenção na cidade e na região.
Como começou sua jornada nas artes?
“Eu nasci em Campos do Jordão, na década de 80, em uma família de construtores. Meu pai, meu avô, meus tios, todos trabalhavam na construção civil. Desde muito novo, eu já acompanhava meu pai nos desenhos arquitetônicos que ele fazia em pranchetas. Aos 14 anos, comecei a desenhar e a fazer alguns trabalhos para ajudar em casa e ganhar um trocado. Essa proximidade com o desenho técnico acabou moldando muito da minha trajetória inicial.”
E como foi a transição da arquitetura para as artes visuais?
“Eu fui para Taubaté em 1999 para cursar Arquitetura. Durante o curso, comecei a me interessar pela pintura, vendo muitas paredes pintadas na faculdade. Aquilo me despertou e comecei a praticar. Quando me formei, voltei para Campos e trabalhei com arquitetura e cenografia, mas sempre com a vontade de me dedicar à arte. Foi em 2014 que comecei a pintar murais na rua e não parei mais. Desde então, me tornei arte-educador e passei a participar de projetos culturais.”
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Como foi trabalhar nos murais da Câmara Municipal de Campos do Jordão?


“Esse foi um projeto muito gratificante. Fui convidado para desenvolver dois murais artísticos, e logo surgiu a ideia de criar uma exposição contando a história das legislaturas da cidade. Com a ajuda da Carolina, desenvolvemos 12 painéis de vidro que formam uma linha do tempo, mostrando tanto os vereadores de cada época quanto os acontecimentos históricos de Campos do Jordão. Foi uma forma de ligar a história política ao desenvolvimento da cidade.”
E sobre o mural na Pernambucanas, como surgiu a oportunidade?

“Participei de um edital de grafite lançado pela Secretaria de Cultura de Campos do Jordão, com verba destinada pelo vereador Luizão, que infelizmente faleceu. O edital foi uma grande oportunidade, e o meu projeto foi selecionado. Criamos um mural no muro da loja Pernambucanas, homenageando a cidade. Para mim, foi uma forma de retribuir a Campos do Jordão, como um presente para a cidade que tanto me influenciou.”
Você mencionou que sua família teve uma grande influência no seu trabalho. Pode nos contar mais?
“Sim, minha família foi crucial na minha formação. Meu pai sempre desenhou, e eu cresci vendo ele com uma lapiseira no bolso, desenhando projetos de arquitetura. Isso influenciou muito a minha visão. Campos do Jordão também tem uma tradição de projetistas e desenhistas, que ajudaram a criar o estilo arquitetônico da cidade. Eu me considero parte dessa tradição e tenho muito orgulho disso.”
Quais são seus planos futuros?
“Quero continuar expandindo meus trabalhos, tanto em Campos quanto em outras cidades. Também quero seguir com as oficinas culturais, pois é uma forma de devolver à comunidade o que aprendi. Tenho alguns projetos de exposição em mente, e o foco sempre será continuar levando arte pública de qualidade e acessível para todos.”
Sobre Felipe Rezende
Felipe Rezende é natural de Campos do Jordão e vem de uma família com tradição na construção civil. Desde jovem, desenvolveu habilidades em desenho arquitetônico, influenciado por seu pai. Formou-se em Arquitetura em Taubaté e, desde 2014, dedica-se à pintura de murais e arte urbana. Seu trabalho une técnica e sensibilidade, criando verdadeiras homenagens à cidade e sua história.


