
24 de julho de 2013 foi o dia em que o Papa Francisco visitou o Santuário Nacional de Aparecida quatro meses depois de iniciar seu pontificado. Aquela quarta-feira amanheceu chuvosa e fria, mas o clima nada acolhedor não interferiu na recepção calorosa que o pontífice recebeu da multidão. Dentro e fora da basílica, mais de 200 mil pessoas saudaram o líder máximo da Igreja Católica, que veio ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, sua primeira viagem apostólica.
Francisco chegou no helicóptero do Exército e depois desfilou de papamóvel sem blindagem nas laterais saudando os fiéis que há dias aguardavam sua chegada no pátio da basílica. Os católicos não conseguiram conter a emoção ao vê-lo tão de perto, muitos choravam e gritavam seu nome. Em retribuição, o Papa pediu para o veículo parar e chegou a abençoar e até a beijar algumas crianças.
Assim como fazem 10 milhões de pessoas todos os anos, o Papa reservou espaço na sua agenda e fez questão de ir a Aparecida demonstrar sua devoção a nossa senhora! Na capela dos Apóstolos, localizada atrás do nicho da santa, ele teve um momento de oração junto à imagem encontrada no Rio Paraíba em 1717.
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Repórter da TV Band Vale na época, tive a oportunidade de acompanhar de perto a celebração e testemunhar o carisma, a humildade e a simplicidade de Francisco, que convidou para a missa líderes de outras religiões. O maior templo mariano do mundo ficou pequeno diante do gesto de tamanha grandeza.
Cerca de 15 mil pessoas, incluindo devotos e convidados, puderam acompanhar a missa dentro da basílica. No final, Francisco se dirigiu até a Tribuna Bento XVI onde mais de 200 mil pessoas o aguardavam debaixo de chuva. Ele pediu desculpas por não falar português e em espanhol repetiu a frase que seria um marco em seu pontificado: "rezem por mim". Depois, deu a benção com uma imagem de Aparecida nas mãos e disse que voltaria em 2017, ano do Jubileu dos 300 anos do encontro da santa, o que não se confirmou.
Foi um experiência única viver aquele momento, uma demonstração clara de como seria seu pontificado marcado pela tolerância, amor ao próximo, fraternidade e união. Francisco morre, mas seu exemplo de fé e acolhimento permanece para sempre. Ele, de fato, viveu na prática o que diz o Evangelho.
Márcio Correia - Jornalista @correianews
